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10. Externa. Uma praça pública. Dia.
Imagens da vida cotidiana com texto em off de MICHEL. MICHEL caminhando sozinho na praça. Crianças brincando. MARINA sentada num banco na mesma praça. Babás conversando. MICHEL passando perto de MARINA sem vê-la. Velhinhos jogando carta. Close em MARINA, triste.
Texto em off de MICHEL – O que é o jovem do século vinte e um? Eu me atrevo a dizer que é um ser destinado ao amor. Os cínicos ou aqueles que foram repetidas vezes castigados pelas desilusões da vida me chamarão de ingênuo. Tantas gerações se sucederam e nos deixaram de legado este mundo desigual aonde vamos nos perder. Podemos nos tornar alguém. Podemos nos tornar importantes. Mesmo assim, continuaremos humanos. Humanos e sedentos. Resta-nos achar o amor que nos redime, que faz o nosso mundo valer a pena.
MICHEL encontra o MENDIGO na praça.
MENDIGO – Olá, amiguinho. Tudo em paz?
MICHEL – Mais ou menos.
MENDIGO – Alegre-se, rapaz. Tudo se ajeita. Invés de ficar se preocupando com uma moça que você nem conhece, você devia ir consolar aquela ali toda tristonha.
MICHEL – Não é possível! É ela! É ela!!!
MENDIGO – Não me diga! Deus é mesmo um gozador. Ah, se eu soubesse! Quase toda tarde ela senta naquele banco e fica pensando na vida. Tão triste, a pobrezinha! O que está esperando, ô cabritinho? Vai lá falar com ela!
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11. Externa. Praça pública. Dia.
MARINA está sentada no banco, e MICHEL se senta ao lado da moça.
MICHEL – Achei você!
MARINA – (Desconcertada) Eu conheço você, não conheço? Você estava na festa do blecaute.
MICHEL – Eu queria muito encontrar você.
MARINA – Por quê?
MICHEL – Porque você me devolveu a fé em minha vida.
MARINA – Como isso é possível? Deixa de ser maluco, menino. É a primeira vez que conversamos.
MICHEL – Você existe. É o bastante.
MARINA sorri. Close no olhar apaixonado de MICHEL.
MICHEL – Por que você está tão triste?
MARINA – Eu perdi algo valioso para mim.
MICHEL – O quê?
MARINA – A alegria. Por que os homens são tão tolos e egoístas? Por que eu me importo tanto com o que sinto por vocês?
MICHEL – Eu posso ajudar você a achar o que perdeu.
MARINA – Desculpe, mas tenho que fazer isso sozinha.
MICHEL – Só se você realmente quiser ficar sozinha.
MARINA – Eu nem sei o seu nome!
MICHEL – Eu também não sei o seu. Podemos continuar desconhecidos, aprisionados em nossa solidão, ou tentar juntos achar a alegria. O que você prefere? A escolha é sua.
Close nos olhos dele. Close nos olhos dela. Close nas mãos dela que se movem lentamente em direção às dele. Créditos finais.
O sentimento nos trouxe de volta!
O futebol carioca unido é muito mais forte! Parabéns às torcidas da cidade maravilhosa pelo espetáculo que têm apresentado nos estádios.
Eu amo o Rio de Janeiro, é bom demais ser carioca.
Veja a série ROMA, leia Italo Calvino, ouça The Ronnetes, faça sexo com cuidados básicos, volte sempre ao Fantástico mundo do Rafa!
Enquanto isso em PESSOINHAS
MICHEL encontra o MENDIGO na praça.
MENDIGO – Olá, amiguinho. Tudo em paz?
MICHEL – Mais ou menos.
MENDIGO – Alegre-se, rapaz. Tudo se ajeita. Invés de ficar se preocupando com uma moça que você nem conhece, você devia ir consolar aquela ali toda tristonha.
MICHEL – Não é possível! É ela! É ela!!!
MENDIGO – Não me diga! Deus é mesmo um gozador. Ah, se eu soubesse! Quase toda tarde ela senta naquele banco e fica pensando na vida. Tão triste, a pobrezinha! O que está esperando, ô cabritinho? Vai lá falar com ela!
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11. Externa. Praça pública. Dia.
MARINA está sentada no banco, e MICHEL se senta ao lado da moça.
MICHEL – Achei você!
MARINA – (Desconcertada) Eu conheço você, não conheço? Você estava na festa do blecaute.
MICHEL – Eu queria muito encontrar você.
MARINA – Por quê?
MICHEL – Porque você me devolveu a fé em minha vida.
MARINA – Como isso é possível? Deixa de ser maluco, menino. É a primeira vez que conversamos.
MICHEL – Você existe. É o bastante.
MARINA sorri. Close no olhar apaixonado de MICHEL.
MICHEL – Por que você está tão triste?
MARINA – Eu perdi algo valioso para mim.
MICHEL – O quê?
MARINA – A alegria. Por que os homens são tão tolos e egoístas? Por que eu me importo tanto com o que sinto por vocês?
MICHEL – Eu posso ajudar você a achar o que perdeu.
MARINA – Desculpe, mas tenho que fazer isso sozinha.
MICHEL – Só se você realmente quiser ficar sozinha.
MARINA – Eu nem sei o seu nome!
MICHEL – Eu também não sei o seu. Podemos continuar desconhecidos, aprisionados em nossa solidão, ou tentar juntos achar a alegria. O que você prefere? A escolha é sua.
Close nos olhos dele. Close nos olhos dela. Close nas mãos dela que se movem lentamente em direção às dele. Créditos finais.
Fim
O sentimento nos trouxe de volta!
O futebol carioca unido é muito mais forte! Parabéns às torcidas da cidade maravilhosa pelo espetáculo que têm apresentado nos estádios.
Eu amo o Rio de Janeiro, é bom demais ser carioca.
Veja a série ROMA, leia Italo Calvino, ouça The Ronnetes, faça sexo com cuidados básicos, volte sempre ao Fantástico mundo do Rafa!
Enquanto isso em PESSOINHAS
3 comentários:
Golaço, gato cacheado.
Você me surpreende a cada texto. Dessa vez sem uma pontinha da sua marcante ironia afetiva. Dessa vez em estado bruto. Como se valesse a pena sonhar de novo. Obrigada.
Mas que calor, ô, ô, ô!
Seus textos são muito bons, Rafa, de verdade, continue escrevendo cada vez mais!
Sou aluna de sua mãe na Veiga de Cabo Frio e entrei em seu blog pela indicação no blog dela. Estou fazendo jornalismo, mas já sou atriz e só pelo fim desse curta deve ser muito bom. Já filmou?
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